TUNTUM: “Briga” por posse de terra entre agricultores dos povoados Belém e Sabonete vai parar na justiça

Nesse último domingo (10), agricultores do povoado Belém e Sabonete, se reuniram para buscarem um acordo para pôr fim a uma causa que já se arrasta há meses, que conforme relatos dos líderes envolvidos, os agricultores do povoado Belém negociaram uma área de terra de dois mil hectares com a empresa Agropecuária Tamarindos, que tem como diretora Renata Andrade Pinto Lisboa, filha do pecuarista e empresário Fernando Pinto Lisboa, proprietária de nove mil e quinhentos hectares, localizados na área denominada de Cana Brava II.

Na época os agricultores do povoado Sabonete não quiseram participar da compra da devida área com os agricultores do povoado Belém, porém, mesmo assim, a área foi negociada. Posteriormente a transferência da documentação foi efetuada, constando 100 (cem) agricultores na escritura, sendo 100 (cem) escrituras de 20 (vinte) hectares cada e uma.

O pagamento da aquisição da terra foi realizado pelo Banco do Nordeste mediante a aquisição de um emprétimo, e em nenhum momento houve qualquer protesto ou manifestação contrária dos agricultores do povoado Sabonete. Expressamente, falavam somente que a terra pertencia ao Estado e que a empresa não tinha documentos da área.

Quando os técnicos do governo recentemente foram demarcar a área, populares e trabalhadores do povoado Sabonete impediram o trabalho dos técnicos e a demarcação dos lotes. Para debater o assunto, domingo (10) as duas comunidades se reuniram para tentar encontrar uma solução, mas nada foi possível, o encontro não frutificou.

Os trabalhadores do povoado Sabonete se negam a comprar área de terra, querem a terra de forma gratuita com o pretexto de que a área não tem documento e que a documentação que os agricultores do Belém têm, é falsa.

Sem conhecimento específico da causa, eles alegam também que o Banco do Nordeste estaria em conluio com os agricultores do povoado Belém. O que se percebe é que eles não querem acordo, mesmo conhecendo a verdade e como se deu todo processo de aquisição.

Em razão de não haver um consenso entre as duas partes, a causa já está na justiça desde outubro de 2021 a espera de uma decisão. O único consenso firmado entre os querelantes, inclusive por unanimidade, foi o de aguardar a decisão da justiça.

A pergunta que paira é a seguinte: quem tem razão, é quem tem o documento, comprou, pagou e tem um financiamento para honrar até 2046, ou é quem simplesmente não quer comprar, não quer acordo e quer a posse de qualquer forma?

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