
A política não está no sangue do vereador Magno Melo, já que não há ninguém na prole familiar com esse dote, que seria no mínimo ter a obrigação de servir socialmente o povo, não a de ser servido e costumeiramente se utilizar das benesses do poder.
Com teorias labiais escorregadias, o sertanejo hoje radicado na cidade de Tuntum há alguns, chegou no limite de seu projeto político, não há quem diga que haja mais espaços para tanta manobra e esquemas para uma só pessoa, que aparentemente mostra-se polido e educado, contudo, age de forma não republicana, às vezes deixando para trás quem lhe tirou do ‘limbo’ político e lhe pôs no patamar que desejava.
A história do ex-secretário de Educação é uma contradição da ética política, por onde tem passado tem deixado um rastro de discórdia e até suspeita de usurpação de recursos públicos. Por onde passou colecionou desafetos com seu temperamento inábil e de espertalhão, sempre com o intuito de levar vantagem além de suas limitadas forças.

No universo da população do município há uma multidão que o detesta, de um simples anônimo até personalidades da política, que o diga o vice-prefeito Nelson do Nanxim, hoje seu maior inimigo político. Nélson enumera em suas narrativas uma série de perseguições sofridas por conta de Melo, chegando a culminar no rompimento com seu ex-grupo político, sendo quase que enxotado de lá pelas intrigas.
Gozando de seu prestígio com a então primeira dama Daniella Jadão, e contando com a passividade e omissão do também então prefeito Dr. Tema, Magno Melo montou sua rede de intrigas no governo passado, inclusive perseguindo até o titular deste blog. Com a chave do cofre da Secretaria de Educação, controlando rios de dinheiro, ele arrotava arrogância e prepotência, se achava o centro das atenções, comportamento típico de um narcisista, o culto a si próprio.
Enfeitiçado e cego pelo poder, nunca calculou a passagem do tempo, talvez achava que ali ficaria uma eternidade manobrando os milhões que entravam na pasta da educação. Com a eleição e ascensão de Fernando Pessoa, Magno teria recebido um sacolejo e acordado do profundo sono, percebendo que a terra em torno de seus pés não era mais a mesma. Daí pra frente, aficionado pelo poder como é, passou a fazer possíveis investidas para entrar no grupo do prefeito com maior naturalidade, como se fosse saltar de um galho para o outro, mesmo sabendo que lá se encontra muito dos seus desafetos, inclusive o próprio vice-prefeito.

O pior de tudo não é só sair de onde estar, mas ter a memória atrofiada e esquecer tudo do dia pra noite, principalmente dos privilégios que sempre teve, não tendo a honradez de ser grato e perceber que para onde supostamente quer ir não será bem acolhido. Como só lhe resta o cargo de vereador e o prestígio se deteriorando a cada dia, o grupo que lhe deu o que tem hoje, vê sua saída como uma libertação, uma pedra de tropeço que está sendo arremessada para outro caminho.

De acordo com as projeções, essa poderá ser a última manobra a ser praticada por Melo, já que seu capital político se resume hoje a um pequeno círculo familiar, enterrando toda e qualquer perspectiva de uma futura reeleição, a não ser que lhe agraciem com uma nova e polpuda secretaria.