
A editoria do blog do Lobão foi procurada pelo trabalhador e micro empresário do ramo e fornecimento de plantas ornamentais, Antonio Francisco Rodrigues de Oliveira, proprietário de um viveiro na rua Frederico Coelho, que assegura que está sendo impedido de desenvolver suas atividades comerciais no entorno da praça São Francisco de Assis, local onde costumeiramente ele e outros vendedores expõe seus produtos e tira o ganha pão de sua família.
Antonio Francisco narrou que já foi abordado em duas ocasiões por dois secretários da Prefeitura de Tuntum que lhes pediram pra retirar o carro que estava estacionado com seus produtos ao lado da praça, pois segundo os dois agentes públicos, Francisco estaria causando desorganização no local e a ordem que tinham recebido do prefeito era pra que ele se retirasse, caso resistisse iriam chamar a polícia. Temeroso s ameaças e possíveis retaliações por parte da polícia, Francisco abandonou seu posto de trabalho há dois meses.

Para realizar suas atividades de camelô, assim como dezenas se instalam durante a segunda-feira, Francisco utiliza um veículo de passeio com uma pequena carroça atrás contendo vários de tipos de plantas e estaciona na lateral da praça, sentido avenida Dr. Joacy Pinheiro. O tempo que ocupa é cerca de cinco horas, das 7h ao meio dia, não provocando sujeira e nem causando danos físicos. Segundo ele, a regra passou a valer somente à sua pessoa, já que outros vendedores, inclusive de outros municípios, estão vendendo os mesmos produtos e trabalhando normalmente sem serem importunados ou proibidos de exercer suas atividades comerciais.
“Os dois secretários foram lá onde eu trabalho, me notificaram, depois falaram se eu insistisse eles iam chamar a polícia. Então, eu que sou da cidade não posso trabalhar lá, ou outros de fora pode. Pra mim isso pessoal. Os clientes chegam aqui e eu digo que não vou mais pra lá porque me proibiram, e eles não acreditam, falam que estou com brincadeira, que isso não pode”, disse o trabalhador.
Ontem, segunda-feira (04), no mesmo local onde costumeiramente Antonio Francisco estaciona seu carro para vender seus produtos, tinha um carro de outro município, bem maior que o seu, vendendo plantas ornamentais normalmente e sem nenhum incômodo. Do lado, na praça Paulo Andrade, tinha uma conhecida loja da região ocupando toda sua extensão e vendendo seus produtos. Será se está havendo dois pesos e duas medidas? Ou o trabalhador Antonio Francisco está sendo perseguido pelos agentes públicos?