
Não se engane, o futuro político de Tuntum dependerá muito de quem será o próximo governador, que diante dos prognósticos poderá ser Carlos Brandão (PSDB) ou Weverton Rocha (PDT). Por que há essa dependência? Porque hoje as duas maiores lideranças políticas de Tuntum, o prefeito Fernando Pessoa (SD) e o ex-prefeito Cleomar Tema (PSB), não só têm laços estreitos com os dois pré-candidatos ao governo, mas são amigos íntimos, daqueles que almoçam ou jantam juntos com frequência para confabularem seus propósitos políticos.
A relação íntima de amizade com os dois postulantes poderá dar garantias de um futuro político estável tanto para Fernando Pessoa e Cleomar Tema. Já no poder, Pessoa acredita piamente que a ascensão de Weverton ao comando do estado lhe dará total garantias de uma gestão pra lá de empolgante, transformando Tuntum em um grande canteiro de obras, semelhante ao que fez o então governador José Reinaldo em uma das gestões de Cleomar Tema. Essas ações, sem sombra de dúvidas, poderão mesmo impulsionar em definitivo o seu mandato, tornando-o muito mais forte com uma grande aceitação popular, ficando quase que inevitável sua reeleição, com chances claras de anular seus adversários.
Com a demanda de investimentos chegando em todo município, o prefeito teria somente que regular um pouco da sua postura administrativa, acabar com a insatisfação que hoje existe entre seu eleitorado e aliados mais próximos, e criar uma política de emprego de maior abrangência, gerando mais renda e fortalecendo ainda mais a economia local, hoje um pouco capengando devido a pequena quantidade de servidores, já que a Prefeitura sempre foi o carro chefe de distribuição de renda do município. Com essas estratégias em prática, Fernando teria tudo para pavimentar, com tranquilidade, uma nova vitória.
Invertendo as condições, com uma possível vitória do vice-governador Carlos Brandão, o ex-prefeito Cleomar Tema seria grandemente prestigiado, passando de imediato a trabalhar o seu retorno ao Palácio Municipal com o indiscutível apoio do governador eleito. As forças de Cleomar Tema se multiplicariam ainda mais com a injeção de ânimo e muita estratégia dada pelo governo, com reais possibilidades de ocupar um cargo estratégico dando-lhe ainda maior visibilidade, além de cargos e estrutura, ao ponto até ofuscar a gestão de Fernando Pessoa, que passará a ser tratado como opositor.
Com as boas condições dadas pelo governo, Tema tornaria seu nome mais robusto, como que suas forças ficassem redobradas e com um poder de reação mais qualificado para enfrentar Fernando nas urnas. No andar da carruagem, Pessoa teria que se reinventar administrativamente, praticando uma política mais populista, distribuindo emprego e tornando seu grupo mais unido em torno de si, para assim enfrentar o embalado Cleomar Tema, em uma disputa marcante, muito maior do que todos os embates anteriores. Caso viesse a negligenciar com essas ações, deixando a vaidade massagear seu ego, tudo se desenharia para uma volta galopante de Dr. Tema, que teria pouco trabalho para retornar ao seu antigo posto.
Com o soprar do vento e o agito das ondas, tudo pode acontecer para que essas previsões sejam alteradas, basta os atores principais serem trocados ou as ideias serem modificadas, para o esquema tático do jogo ganhar nova configuração. O mais certo, mesmo diante das supostas evidências, ainda é incerto, pois tudo o tempo muda, mas como perspectiva essa é a menos incerta. O futuro dirá…