
A vaqueirama e toda população da cidade de Tuntum amanheceu triste e enlutada, o vaqueiro José Alves dos Santos, o admirado Zé da Libânia, de 76 anos, partiu para a eternidade na madrugada de hoje, por volta das 3h. Conforme informação de familiares, Zé sentiu-se mal na noite de ontem, sendo encaminhado para o Hospital das Clínicas de Tuntum, depois, na madrugada, para o hospital Macro Regional de Urgância e Emergência de Presidente Dutra (Socorrão), onde foi a óbito. A causa de sua morte teria sido um aneurisma cerebral.
O vaqueiro mais conhecido de Tuntum e até na região, adotou a profissão que amava ainda jovem, trabalhando em diversas fazendas de gado, sendo reconhecido por seus patrões por causa da exímia dedicação e inteligência no trato e manejo das atividades que desempenhava como vaqueiro. No decorrer dos anos, com a larga experiência que adequriu, Zé da Libânia passou a ser um veterinário autodidata, sempre requisitado por fazendeiros para tratar de suas reses, inclusive ministrar medicação, fazer partos e pequenas cirururgias. No execício desses procedimentos, em décadas passadas, quando não havia profissionais habiliatdos da área, Zé ganhou fama e notoriedade, permanecendo ainda a fazer favores a quem lhe requisitava.

Mas a paixão do eterno vaqueiro tuntunense, filho de Ângelo Alves dos Santos e Maria Libânia da Conceição, não se limitava somente em cuidar de fazendas, ele também se destacava pelo seu forte aboio e cantoria, dote que a maioria dos amantes da profissão gostariam de ter. Nas festividades de São Raimundo Nonato, Zé era um dos destaques com seus aboios e cantorias na voz da Igreja Matriz, fazendo muitos a acordar no fim da madrugado durante o período festivo. Nos últimos anos, já um pouco cansado da lida, ele se reservou mais ao 31 de agosto, dia em que orgulhosamente se vestia a caráter (perneira, gibão e chapeu ) e logo cedo ia participar da missa e café do vaqueiro, onde comumento cantava e aboiava, para a admiração de muitos. Com um grupo de vaqueiros e uma bandeira do Brasil em punho, o saudoso vaqueiro percorria quase toda a cidade, cantando e rimando toadas de vaqueijada, dando ao dia um valor mais especial.
O homem simples, muito bem quisto e até respeitado, vai com certeza deixar uma lacuna, um vazio que não poderá ser preenchido, não só por suas aptidões profissionais, mas por ser uma pessoa prestativa, humana e humilde, daquelas que quando abria a boca para falar todos gostavam de escutar e ouvir suas histórias, a maioria envolvida nas fazendas de gado. Zé, homem de luta, que sempre abraçou sua profissão com entrga e afinco, que Deus Soberano te dê o conforto necessário.

O corpo do grande vaqueiro está sendo velado na rua Luís Coêlho Batista, bairro Piçara. Seu sepultamento está previsto para as 16 horas no cemitério do bairro Tuntum de Cima. Zé da Libânia deixa esposa e oito filhos.
Parabéns pelo seu blog, vc escreve super bem, eu e minha família ser emocionamos com sua narrativa. Somos de Guarulhos SP parentes da saudosa filha do seu Zé que ser chama”Sandra”.
Parabéns pela linha homenagem.